Porque a incompetência não inclui auto-avaliação e a rispidez não conhece simpatia, uns ouvem críticas gritadas em sussurro, outros levam nas costas palmadinhas de reconforto sem razão aparente. Por muito perfeccionista que seja, há quem me dê vontade de admitir que, por muito que tentemos agradar a gregos e a troianos, nunca faremos nada que seja unanimemente bom. Porque uns corsários (para alguns vistos como calções), ou a tentativa de explicar de forma de simples o que é complicado, ou o facto de sintetizarmos uma apresentação de 10 minutos em 8, acabarão sempre, de uma maneira ou de outra, por estragar o que tão cuidadosamente andamos a construir.
Felizmente, tenho bom-senso. E sei perceber quando errei, onde errei e onde posso melhorar. Por isso fico de consciência tranquila. Por isso mantenho a minha convicção que uma t-shirt não faz de mim um mau médico ou investigador. E por isso aprendo também que para além do ser, é mesmo preciso parecer! Porque há farsas, falsos choros, emoções hipócritas e interesses obscuros que passam pelo palco como heróis e excelentes-futuros-médicos. Felizmente, este ano não tive muito que aturar. Tive uma boa sala. Cujos únicos lugares mal ocupados continuaram no palco, lá no canto, apresentação após apresentação…
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