segunda-feira, abril 11, 2011

Mundo estranho

Estranho mundo este em que o dia e a noite não são iguais. Em que do dia para a noite, não só o Sol foge, mas tudo foge. Tudo muda. Tudo é diferente. Uso o dia e a noite como metáforas. Metáforas de ontem e hoje, metáforas de hoje e amanhã. De quem dá o dito por não dito, e faz o que nunca faria, e troca o apoio pela rasteira. Pela farpa, bem mandada, que entra fina e escondidamente, magoando como o frio gélido que vem de um outro corpo.

Estranho mundo este em que a exaltação vence o bom-senso, e a irritação não tem raciocínio, não sabendo distinguir ironia de falsidade ou maldade de um erro humano. Estranho mundo. Estranhas pessoas. Estranhos nós. Nós que no fundo já não primamos pela comunicação, e nas palavras por dizer nos encurralamos e afogamos, e continuaremos a sofrer porque não mais as largaremos.

Estranhos seres estes que não falam por vergonha, que não falam por medo, e que quando falam se contradizem, e que quando falam se enganam. Se passam. E passam os limites.

Esperamos sempre risos; esperamos sempre amigos; esperamos sempre mais; Não devíamos. Estava rico se ganhasse 1€, por cada sonho que vira pesadelo.

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