A vida está cheia de surpresas e imprevistos, impulsos e indecisões, curvas que deturpam a linearidade de uma vida que se quer activa. Não me posso queixar da falta de qualquer um destes ingredientes no meu passado recente. Estas saborosas férias de Verão, quiçá as mais importantes da minha existência, rechearam-se destas indecisões, encheram-se de surpresas e regalaram-se com a quantidade anormal de impulsos seguidos.
O maior de todos os imprevistos, mais-que-bela surpresa, foi o cancelamento das férias que esperava já há meses. Tinha o sonho e a vontade de pôr um pézito em África, de navegar pelo mar, e ver o que nunca tinha visto. Pouco maior poderia ser a desilusão, com uma partida cancelada por avaria nos motores que nos levariam para sul, e o plano de férias defraudado, bem como tudo o resto que lhe estava associado. Já o maior dos impulsos, deve ter sido o da ida ao Sudoeste, impulso rival de tantos outros que foram nascendo com tanta naturalidade, e dos quais tão raramente me apercebo. Quão impulsivo é um carinho?… Quão impulsiva é uma lágrima?… Quão impulsivo é um sorriso!?… Impulsos… O trabalho do nosso ser irracional, prevalecendo sobre o nós racional. Impulsos… Sorrisos, lágrimas, olhares…
Ora aqui está algo que eu não entendo; o porquê destes impulsos. Não a razão pela qual em nós se insurgem, mas a sua própria razão de ser… Porque é que o jorrar de àgua é instintivo quando nos sentimos tristes? Qual o verdadeiro significado de um sorriso… Que sentido tem arquearmos lábios e mostrarmos dentes quando estamos divertidos?… De onde surgiram estas reacções, que todos agora seguimos naturalmente? Teve um início? É genético? É aprendido?… Não sei. Não sei, mas gostava de saber. E por isso peço a quem souber e por acaso cá tenha vindo cair, que me diga de que águas brotou todo este estranho impulso humano, toda esta emoção transparente, que todos hoje puramente reflectimos…
Não te sei responder. É intrigante concordo.
ResponderEliminarMas deve ser algo que é intrínseco a todo o ser humano. Como se o ser humano à nascença viesse pré-programado para fazer/sentir/exprimir certos gestos/emoções/acções. (Um exemplo que se pode dar é: quem é que disse ao bébé que após sair da barriga da mãe teria de respirar e como o teria de fazer, ninguém... simplesmente faz).
Não diria genético de todo, deve haver algo certamente que justifique melhor.
Mas é curioso sim sim concordo. :D
Acho mesmo algo intrigante... De facto, não sei como é que o bebé chora ao nascer, começando a respirar... É algo absolutamente fascinante, como, devo dizer, todo o fenómeno da vida, em geral. Espero este ano, no meu curso superior, vir a obter todo este tipo de respostas e compreender a vida, que é algo que me fascina de forma incomensurável.
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