Sudoeste 2010

Muita coisa me surpreendeu, naquele que foi o meu primeiro festival de Verão. Entre o à-vontade mostrado no consumo de substâncias ilícitas, ou o fantástico ambiente vivido nos concertos lotados, poderia enumerar milhentas surpresas diferentes, umas mais surpresas que outras, umas melhores e outras piores, cada uma com o seu quê de único. Foi, basicamente, a isso que se resumiu: uma experiência única. E o saldo, é francamente positivo…

Tenho a bateria do computador prestes a colapsar, e apenas algumas horas antes de partir para férias; é, portanto, sob pressão que para aqui vou escrevendo. Sendo escusado descrever o ambiente louco de um festival, que os que já presenciaram compreenderão, e os que não presenciaram não entenderiam, prefiro dedicar-me a um breve comentário aos artistas que actuaram no Festival Sudoeste’2010 e aos respectivos espectáculos.

Os dois que me arrependo de ter perdido, pelos feedbacks que recolhi na web, são sem dúvida Beirut e The Flaming Lips. Quanto aos que vi, dou o meu prémio ‘Revelação’ ao imparável Mika, que deu um espectáculo rico, completo, enérgico e viciante. A seguir ao espectáculo dos Muse que apreciei no Rock In Rio Lisboa’2010, foi o melhor de sempre em que já estive presente. Logo depois, vem David Guetta, que deu um espectáculo intenso e poderoso, como eu já estava à espera. Sendo o último concerto do festival, foi o concerto do estouro, em que todos libertaram toda a energia que ainda restava, notando-se um rubor de êxtase e cansaço nos espectadores, no fim do concerto de Guetta. James Morrison, 2 Many DJ’s, Jamiroquai, M.I.A., Colbie Caillat, Expensive Soul e Bajofondo deram também muito bons concertos (estando a ordem aqui a representar o quanto gostei dos concertos), enquanto Sugababes e Groove Armada me passaram um pouco ao lado, e enquanto, tanto Air como Massive Atack, foram para mim as grandes desilusões do festival.