Iludidos pela opinião pública ou influenciados pela voz da experiência, julgo que temos todos uma tendência natural para pensar que o que custa é sempre começar. Dado o primeiro passo, conseguida a primeira vitória, tudo o resto virá por acréscimo!
Por outro lado, há também a teoria de que o primeiro passo é sempre o mais fácil de dar, e que é o acto da continuidade que traz à baila a dificuldade maior – a capacidade de manter na ribalta o que à ribalta rapidamente chegou.
Após uma curta introspecção, consigo teorizar que nem uma opinião nem outra esteja, na realidade, correcta. A experiência, essa que tanto nos diz que ‘Devagar se vai ao longe’ como ‘Quem espera desespera’, essa que tanto se contradiz consoante aquilo que mais jeito dá à nossa perdida consciência, tem uma derradeira lógica quanto ao grau de dificuldade daquilo que no dia-a-dia temos que enfrentar.
O mais difícil não é o começar nem o manter. Não é o estudar pela primeira vez nem o ser capaz de rever tudo em velocidade ultra-sónica. Não é o conhecer alguém nem a manutenção da relação. Não é nenhuma destas, e é, por outro lado, todas estas. Porque todos os nossos grandes problemas foram o pior de sempre, e todos eles foram mais tarde relativizados e postos na sombra por outros piores. Porque o pior, meus caros, não é mais que o Presente; aquilo com que agora, hoje, temos que lidar. Recordando o peso que Passado teve no Presente, compreendemos a importância que o Presente terá no Futuro. Com o peso da responsabilidade mas a leveza do livre-arbítrio, incorremos no risco de errar, e é o medo de estragar o Futuro com uma escolha do Presente que tanto peso traz aos problemas do dia-a-dia. Mais leves ou mais pesados, a verdade é que a grande maioria deles irão, na realidade, passar sem deixar mossa.
Deixo, para finalizar, uma palavra de especial apreço aos meus colegas de curso que já perderam a esperança no sucesso. A todos vós digo apenas que nem tudo o que parece é, e portanto não soframos por antecipação, e aproveitemos o merecido descanso pelo qual tanto ansiamos!
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