Há coisas difíceis de perceber. Outras há que são difíceis de explicar. Noutro patamar, estão os ainda mais complicados assuntos, que são para além de difíceis de perceber ou explicar, incrivelmente difíceis de imaginar… 10 anos volvidos do horrendo 11 de Setembro, os ataques islâmicos ao coração nova-iorquino tornaram-se numa espécie de marco histórico de viragem, uma indumentária da anteriormente nua Guerra ao Terrorismo. Um mundo inocente e ingénuo havia sido atacado por aviões feitos mísseis, e assistira em directo ao chocante embate do 2º avião nas imponentes e simbólicas Torres Gémeas.
Nós que em 350 dias do ano não nos lembramos que esse dia sequer existiu, nós que ficamos chocados com o que vimos por televisão a acontecer do outro lado do brutal Atlântico, não somos sequer capazes de imaginar por que momentos passaram os 2996 mortos dos ataques. Se parece arrepiante estar num escritório e ser desperto da compenetração no trabalho pelo rugir metálico de um avião que avança na nossa direcção, imaginem (ou não!) o que é estar dentro de um avião e vê-lo ser sequestrado por um grupo de extremistas islâmicos que vos usarão como arma para atacar um símbolo vivo da vossa própria nação. O que é estar ciente da vossa morte a chegar rapidamente de foice empunhada, e a vossa vida usada com desprezo e malícia para matar tanto quanto se consiga. Muitos caminhos podem levar um homem à loucura. A religião é uma delas. Seja ela qual for… Basta que exista, e que nela haja alguém suficientemente louco, cepo e desumano ao ponto de matar por ela.
O Mundo mudou nesse dia. Deixamos de ser inocentes e ingénuos. Da pior maneira, crescemos. Mais valia continuarmos pequenos…
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